No momento em que olhei aquele homem, desconfiei de algo familiar ali. Lia seus pensamentos e soluçava de mêdo e vergonha com o que transparecia. De fato, aquela pessoa me era tão Ãntima em espÃrito que, em que pese a distância que nos separava e aproximava repentinamente, dava a idéia de um espelho postado à frente do sujeito. Aquela criatura perfurava minha consciência, como uma agulha que te penetra enqto o algoz rir de ti. Sim, eu reconhecia tal pessoa. Sim, diante de mim e inegável, via o espectro de mim mesmo; numa hora triunfal e belo; noutra, singularmente patético e distorcido. Era tudo em mim que ali se apresentava e, eu ria nervoso do que via e sentia por mim... Estavam ali meu drama e minha comédia!
Autor da mensagem: Ricardo Santos
|